um dia lhe direi:
amor, amor
e não soará como amargura.
será música, um verso aéreo
que lhe rondará a alma
por muito tempo.
lhe fará construir um castelo,
uma muralha, um subterfúgio.
um dia lhe direi:
amor, amor
e a poesia não estará nos lábios,
mas nos olhos.
nos nossos olhos desamargurados,
brilhantes, cantantes, entregues:
amor, amor.
como mágica,
haverá música no encontro místico
de nossos corações separados
pelo oceano frio,
pelo universo,
por esse silêncio.
e nos meus braços,
o mundo valseará novamente
na nossa quialtera inventada,
no nosso baile invertido,
em nós, no oceano frio,
no universo,
nesse silêncio fendido:
amor-a-mor.
2.11.10
pileque.
é esse vazio,
é essa lua minguante,
é essa solidão que
emana de mim.
é esse veneno que
se chama saudade,
é tudo isso - uma tempestade.
é esse vazio,
é esse sol no poente
(que me lembra...
que me chama...
me espera que eu vou).
é esse vazio,
sou eu.
é essa lua minguante,
é essa solidão que
emana de mim.
é esse veneno que
se chama saudade,
é tudo isso - uma tempestade.
é esse vazio,
é esse sol no poente
(que me lembra...
que me chama...
me espera que eu vou).
é esse vazio,
sou eu.