30.9.07

sobre aves.

I
Muitos de nós nos achamos os donos do mundo, como as pombas: se arriscam ao máximo e quando o perigo chega muito próximo, fingem ser superiores e voam pensando: "ufa, escapei dessa". O problema é que as vezes não percebemos o quão longe fomos e não dá tempo pra 'voar', aí vem aquele 'carro' e nos 'atropelha' e sem nenhuma explicação ou dó, ele vai embora nos deixando arrasados. Por isso, devemos ser sagazes, assim como os falcões: ficam o tempo todo voando sem vontade de descer, pois entende que lá em cima é muito melhor. Só que até entendermos isso, muitos 'carros' terão passado pela nossa vida.


II
Ao nos depararmos com um problema, o vemos como uma gaiola, da qual não conseguimos sair. Nos debatemos contra as grades várias vezes, procurando uma saída. Nos machucamos e desistimos de tentar, por isso nos contentamos em aceitar o problema, calados. Só que, assim como as aves, nós não pensamos em uma solução viável ao problema, apenas lutamos contra as 'barras de ferro' que não somos capazes de vencer: aí está o problema, pois se olhassemos um pouco mais ao nosso redor, veríamos uma 'pequena porta', pela qual podemos sair quase ilesos.


[agora que escrevi, espero que esse assunto pare de me atormentar]

29.9.07

sobre o novo template.

projeto em mim, outras máscaras.
escolho a melhor e guardo.
guardo para o dia do nosso encontro.

28.9.07

sobre idéias.

Antes, quando eu não tinha um blog, várias ideias me perturbavam e me deixavam com a terrível vontade de escrever, mas agora que eu tenho onde postá-las, parece que fogem de mim. Chego então a conclusão que idéias BOAS são traiçoeiras: só aparecem quando não podemos desenvolvê-las ou registrá-las e isso me causa uma tremenda raiva. De certo, terei de passar a andar com um bloquinho no bolso para que, num momento qualquer, eu possa anotar situações, temas, idéias, motivos, sensações e o escambal, para, possivelmente, usá-las de recheio para minhas próximas atualizações. O que mais me deixa encucado é que eu já tive essa idéia antes e esqueci. Inda bem que hoje eu pensei isso na hora de escrever. Que sorte.

27.9.07

sobre alguém.

Você pensa que eu te esqueci, assim, como se nada tivesse valor: você está enganada. Tá mais fácil eu esquecer meu nome, do que não lembrar do seu. Desculpa se eu não falei o que você não queria ouvir, mas do jeito que tava não ia dar. Sabe, estava tudo tão 'fingido', como se no fundo a gente só se gostasse pra 'fazer um social', todavia saiba que eu ainda fico triste em não poder te ver todas as manhãs!
Desculpa se eu fui frio, mas as vezes é preciso. Pense o que quiser de mim, mas saiba que doeu mais em mim pra falar, do que em você pra escutar.
No fundo, você é meu passado imperfeito: aquela que aconteceu e ainda não acabou. Se bobiar, vai ficar em mim pela vida toda.

26.9.07

sobre imunidade.

Hoje eu tive aula de Genética e, particularmente, eu gosto desta matéria. Prever como as próximas gerações serão, entender o motivo de doenças ou anomalias e entender o funcionamento do DNA me encantam. Na aula de hoje aprendemos sobre mutações e como elas influênciam na nossa vida. Para mim, mutações só podiam acarretar conseqüências ruins, mas descobri que isso é um equívoco. Explico: As prostitutas do Quênia, por exemplo, desenvolveram uma mutação que as deixou imunes à AIDS! Sim, seria muito legal se descobrissem uma pilula preventiva à esse mal.
Agora imagine se fosse possível desenvolvermos uma mutação que nos fizesse imunes não só à doenças, mas sim à todas coisas ruins do dia-a-dia. Imagine se nenhuma notícia ruim pudesse te deixar chateado, se você não sentisse tristeza, se você fosse imune à depressão.
De certo, sentimentos não podem ser mudados genéticamente, mas se a gente quiser podemos fazer o nosso melhor em prol de uma melhor convivência.



(Um texto confuso, sobre uma idéia confusa. Só escrevi pra registrar.)

25.9.07

sobre calor e frio.

De repente, casacos. O tempo mudou. O mais engraçado é que essa frente fria chegou em uma terça-feira, diferente das outras que chegavam perto dos feriados e finais de semana, acabando com qualquer churrasco.
Aposto que o frio dessa semana é por causa do calor que fez no domingo passado. Caramba, fazia tempo que eu não queimava as costas nadando! Espero que esse final de semana também faça sol, pra que eu possa nadar um pouco mais.
Tá certo que o frio não é meu pior inimigo: eu até gosto, as vezes. Nada melhor que uma noite fria de baixo de um monte de cobertas para se dormir bem. O problema é que o frio implica em romantismo: é muito mais gostoso tomar um chocolate quente ao lado de quem se ama.
No fundo, pra mim, o verão faz falta, já o inverno não. Hoje, por exemplo, eu almejo fervorosamente que faça 30°C, antes de ontem eu nem sequer lembrei que existia neve.

24.9.07

sobre aquela viagem.

Eu desejava há algum tempo uma viagem. Podia ser coisa pequena, sabe, ir até a cidade mais próxima e voltar, desde que eu pudesse relaxar algumas horas e esquecer a estressante rotina diária. Milagrosamente, entre uma semana sem atrativos e um possível final de semana vago, surge um passeio! Eu fiquei afoito, a idéia de sair de casa por três dias me encantava e eu não via a hora de arrumar a mala!
Chegou a almejada sexta-feira, as aulas passaram voando, agora nada mais poderia me impedir de embarcar naquele carro, rumo a um destino desconhecido.
Meu relógio marcava 20:35 quando partimos de casa.
A viagem não foi cansativa, conversamos o trajeto todo e o papo transitava entre genética, história e cultura geral.
Diferente de muitas outras vezes, meu pai não errou o caminho e nós chegamos no horário previsto.
Desci do carro, minhas pernas estavam dormentes, eu cheirava a viagem, mas nada tirava minha empolgação.
As malas não demoraram muito para serem tiradas do carro, o quarto estava arrumado e eu permanecia fora dele fazendo um reconhecimento local.
Logo meus tios, primos e companheiros de estadia chegaram. No fundo, eu não conhecia quase ninguém e essa idéia de novas amizades só aumentou minha expectativa.
No sábado de manhã acordei instintivamente meia-hora antes do café da manhã. Levantei, tentei chamar os outros e fui, cheio de vida, esperar meu novo dia do lado de fora do quarto. Após a refeição matinal, o culto, o almoço, o cochilo da tarde, a outra palestra, a caça ao tesouro (meu time ganhou, mas isso é uma outra história) e o filme. Ao cabo de um dia todos aquelas pessoas estranhas se tornaram velhos conhecidos.
Ah, chegou o domingo: dia mundial da piscina, do futebol e dos amigos e, claro, eu não fiz diferente: joguei, nadei, comi e conversei.
Pé torcido, pebolins, meditações, canções, jogos na piscina e despedidas acabaram de rechear meu último dia.
Hoje, já voltei à minha rotina habitual, mas posso dizer que, desse final de semana, levarei comigo a certeza de que uma boa viagem não é feita apenas de um bom lugar, e sim das companhias que tivermos por lá.

23.9.07

sobre planos.

Fazia tempo que eu não gastava tempo sonhando. Claro, haviam aqueles pequenos desejos, mas nada que me demorasse uma vida pra conseguir.
Todavia, hoje foi diferente: tirei o dia para arquitetar um plano, bem aqui dentro, e que eu espero que consiga realizá-lo. Caso não consiga, ele entrará para os a repartição dos 'sonhos engavetados'. Sim, aqueles desejos - grandes ou pequenos - que não conseguimos conquistar e nos contentamos em 'deixá-los pra depois', mesmo sabendo que o depois é um nunca disfarçado. Quem sabe um dia, eu não desengaveto todos eles e dou um fim pra cada um.

22.9.07

sobre escrever.

Preciso andar pra ver se encontro inspiração.

21.9.07

sobre seus cachos.

Ele a esperava afoito, enquanto ela não se apressava para descer do carro. Ela desceu, atravessou o portão e veio de encontro ao ansioso garoto que, por sua vez, fingiu que não estava vigiando-a. Cumprimentaram-se friamente e ele preferiu não puxar papo - tentou se fazer de difícil-, mas ela insistia em dizer quão monótona seria aquela tarde. Finalmente os assuntos se esgotaram e a menina preferiu ir embora para sua sala - as aulas iriam começar-, já ele, que estudava de manhã, ficou sentado naquele degrau mais alguns bons minutos, pensando como ele era idiota de deixá-la ir. Foi nesse momento que, entre uma aula e outra, ela se perguntou por que ele era tão frio. O menino ainda pensativo sobre suas atitudes, desejava estar, pela vida toda, recostado sobre os lindos cachos dourados daquela garota e ela sonhava com o príncipe que deitasse no seu ombro por toda a eternidade.