eu nunca entendi
por que fui embora.
pra que deixei as
pegadas fundas
na areia,
se a noite era densa
e ninguém podia vê-las.
eu nunca entendi
por que os seus cabelos
voando no vento da despedida
me inebriavam tanto.
as minhas mãos vazias
e os olhos cheios de mágoas:
não, eu nunca entendi.
nem pretendo entender,
a dúvida é a certeza da
minha caminhada.
quando lhe vejo tão longe,
tão aquarelada, lembro-me
de mim mesmo:
quanto preciso seguir
em frente.
o tempo não cura
pequenas desilusões,
somos nós que esquecemos.
o tempo não passa,
somos nós que caminhamos.
Um comentário:
AH MEU DEUS VAI!
deixa um pouco para os outros escritores, por favor!
a dúvida é a certeza da
minha caminhada.
perfeito
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