31.5.09

orla.

eu nunca entendi
por que fui embora.

pra que deixei as
pegadas fundas
na areia,

se a noite era densa
e ninguém podia vê-las.

eu nunca entendi
por que os seus cabelos
voando no vento da despedida
me inebriavam tanto.

as minhas mãos vazias
e os olhos cheios de mágoas:
não, eu nunca entendi.

nem pretendo entender,
a dúvida é a certeza da
minha caminhada.

quando lhe vejo tão longe,
tão aquarelada, lembro-me
de mim mesmo:

quanto preciso seguir
em frente.

o tempo não cura
pequenas desilusões,
somos nós que esquecemos.

o tempo não passa,
somos nós que caminhamos.

Um comentário:

Veri. disse...

AH MEU DEUS VAI!
deixa um pouco para os outros escritores, por favor!

a dúvida é a certeza da
minha caminhada.

perfeito