I: dos números.
já não acho que vale a pena
lutar por tudo isso.
não porquê minha alma
é pequena... não a meço
com metros ou hectares.
julgo-a com newtons,
sinto-a com joules.
e a matemática é
puramente o que preciso:
forte e abstrata como
esse vento de memórias
que me leva aos sonhos.
II: das palavras.
abri uma carta com sua letra,
sua caligrafia no meu nome.
ontem.
eu escutei a sua voz caligrafar
meu nome por onde eu andei.
a carta, entre mãos.
e preces e vozes a rodear meus
passos, entalhando seu traço
no mármore da minha lembrança.
III: de mim.
veja, agora que estou triste,
passo bem.
passo ligeiro por entre o caminho
de pedras, admirando o tempo:
um templo de renascer.
de novo.
paro um pouco e espero
que o trem passe.
na sua velocidade, vejo
meu reflexo se perder
nas janelas e nas cores.
recomeço. de novo.
se o amor vem ao lado,
finjo que a solidão não é
minha sombra.
outra vez.
Um comentário:
amei o seu blog! fiquei encantadaaa! *-*
parabéns!! :*
Postar um comentário