ouço aves e o verso
tão suave que me
trazem para roubar
minha canção.
ou suaves aves
que me trazem
versos roubados
de outra canção.
as aves que me
avoam, descem dos
meus sonhos de
menino pra correr
a estrada dessa
canção que não me
fala nada.
ouço o canto da
maria que vai embora
no meio da fumaça.
maria-fumaça e a bagagem
esquecida do lado de fora:
a partida é sempre a
página mais alva dessa
estrada, dessa canção.
ouço aves a rasgar a
noite tão clara
de estrelas tão caídas.
ou suaves aves que
ecoam uma estrela
tão brilhante no
pensamento.
vai-se embora com
a maria, maria-fumaça.
pega tua bagagem,
tua estrada, tua estrela,
teu canto e teu verso.
pega esse atalho de
dentro da poesia
e segue viagem.
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