14.6.10

est pluvium.

silencioso mar,
seu sussurro leva e traz
ausências em mim.


refresco e cantiga,
riacho mais que profundo,
infância querida.


gaivota no céu,
onda quebrada nos pés,
amor de papel.


pétala no mar,
indo aonde o vento vai,
traz meu coração?


a sombra da árvore
dentro do pingo de água
parece bonsai.


poeta na praia:
à pequena luz da lua
tantos versos náufragos.


o céu estrelado,
dentro da poça de chuva,
parece nublado.


nesse mar incerto
os marujos sempre são
sentimentos seus.


só a chuva mansa
faz do mar em rebeldia
canto e poesia.


no riacho manso,
a pedra branca parece
fagulha de sol.

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