1.8.08

ensaio sobre meninos perdidos.

explodiu como se fosse bomba,
a nossa estranha pomba da paz
e mesmo sem surtir efeito,
desapareceu solenemente
sem pedir qualquer aplauso.

haveria alguma lembrança
no pouco-vento quente e pesado
daquele faroeste perdido no tempo
se, naquele instante, bem depois
da morte súbita da esperança,
alguém gritasse o nome
singelo de sua mãe.

mas não houve nada, além de
um lamento breve, um sussuro
gélido e meio cinza de adeus.

não.

não foi um sussuro de adeus,
apesar de ter sido gélido.
e meio cinza.

era um suspiro de alívio ao ver
a única pomba, que jamais teriam,
voar para um vazio distante dos
livros de velhas poesias.

explodiu como se fosse bomba,
a velha e inútil sina das crianças
perdidas, as quais mal sabiam
o que era essa tal de paz.

Um comentário:

Gabriella disse...

gosto tanto das suas poesias !
IADSADHDSAU
muuuuuuito boas!