apriori, temo em contar-lhe que do
meu nome muito pouco irá saber:
não tenho medo, identidade,
incertezas ou cidade.
eu vivo onde há brechas e
durmo onde convém aparecer.
poderia detalhar o meu passado,
retalhar as vestes do meu segredo velado,
mas não vale nenhum pouco a pena.
quanto mais se sabe sobre mim,
mais percebe-se não haver nada
aqui dentro válido de ser conhecido.
submersos nesses olhos sofridos e nus,
cala uma história triste e seca.
assim como a minha garganta.
cansada do grito.
do medo. do fogo.
cansada de tentar dizer quem eu sou.
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