31.7.08

apriori da nossa vida.

apriori, temo em contar-lhe que do
meu nome muito pouco irá saber:
não tenho medo, identidade,
incertezas ou cidade.

eu vivo onde há brechas e
durmo onde convém aparecer.

poderia detalhar o meu passado,
retalhar as vestes do meu segredo velado,
mas não vale nenhum pouco a pena.

quanto mais se sabe sobre mim,
mais percebe-se não haver nada
aqui dentro válido de ser conhecido.

submersos nesses olhos sofridos e nus,
cala uma história triste e seca.

assim como a minha garganta.
cansada do grito.
do medo. do fogo.

cansada de tentar dizer quem eu sou.

Nenhum comentário: