o meu colo é pequeno
para seus ombros
tão sonhadores.
não deite-se,
não posso suportar
esse peso do mundo.
sua presença não me
preenche, sua voz
não cala o meu vulto
de dessossego.
deixo que chova.
deixa que chovo
e as lágrimas do mundo
lavam as minhas.
e as minhas mãos não
lavam as suas que
permanecem acariciando
meu rosto.
não posso suportar o
peso, não posso.
não quero colocar no
leme a bandeira
de tempo aberto.
exagero é deixar
o coração vazio
no meio da tempestade.
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