28.6.09

o mundo.

o meu colo é pequeno
para seus ombros
tão sonhadores.
não deite-se,
não posso suportar
esse peso do mundo.

sua presença não me
preenche, sua voz
não cala o meu vulto
de dessossego.

deixo que chova.
deixa que chovo

e as lágrimas do mundo
lavam as minhas.
e as minhas mãos não
lavam as suas que
permanecem acariciando
meu rosto.

não posso suportar o
peso, não posso.
não quero colocar no
leme a bandeira
de tempo aberto.

exagero é deixar
o coração vazio
no meio da tempestade.

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