cá estou - de novo.
as mãos submersas
nesse refúgio impalpável.
suor frio na testa
e olhos de garrafa
beeeeem fundos.
outra e mais uma
vez, cá estou.
e não há nem
indícios da sua
ilustre presença.
é um sonho ruim,
mas não chega
a ser pesadelo.
a noite é bonita
e cai completamente
do outro lado da porta.
rituais, somente isso.
vivo na eloqüência
dos rituais velhos.
esses que aprendi
com a vida,
esses que me calam
os murmúrios
quando o espanto
me chega perto:
você.
cá estou - de novo.
e da mesma forma
como em todas
as outras vezes,
os segredos da
pálpebra são mais,
beeeeem mais
bonitos que a triste
e imutável vida.
dane-se a falta de sorte,
hoje, à noite, sozinho,
na cama, debaixo da colcha,
você, só você é minha.
e o amor é
deliciosamente sonhável.
2 comentários:
Uma das suas melhores, para mim.
Lindas metáforas.
Amei.
Muito bons seus poemas,
adorei as reflexões ^^
Parabéns! :D
[lindas metáforas²]
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