7.12.08

refúgio meu.

cá estou - de novo.
as mãos submersas
nesse refúgio impalpável.

suor frio na testa
e olhos de garrafa
beeeeem fundos.

outra e mais uma
vez, cá estou.

e não há nem
indícios da sua
ilustre presença.

é um sonho ruim,
mas não chega
a ser pesadelo.

a noite é bonita
e cai completamente
do outro lado da porta.

rituais, somente isso.
vivo na eloqüência
dos rituais velhos.

esses que aprendi
com a vida,
esses que me calam
os murmúrios
quando o espanto
me chega perto:

você.

cá estou - de novo.
e da mesma forma
como em todas
as outras vezes,

os segredos da
pálpebra são mais,
beeeeem mais
bonitos que a triste
e imutável vida.

dane-se a falta de sorte,
hoje, à noite, sozinho,
na cama, debaixo da colcha,
você, só você é minha.

e o amor é
deliciosamente sonhável.

2 comentários:

Veri. disse...

Uma das suas melhores, para mim.
Lindas metáforas.
Amei.

m.regina disse...

Muito bons seus poemas,
adorei as reflexões ^^
Parabéns! :D

[lindas metáforas²]