- Amor, aonde vamos hoje?
- Vamos a um lugar que disseram ter uma vista linda.
Os dois, o garoto apaixonado e sua namorada, subiram até o cume da Lua e, quietamente vislumbrados, observaram o planeta que surgia. Seus professores lhe ensinaram que aquele era a Terra, com muita área coberta por água e uma atmosfera para manter seus habitantes vivos. Seus corações, porém, diziam que era a casa de outros amantes, de outros sorrisos, de outros momentos inesquecíveis. Aquele planeta dançando em seus próprio eixo guardava os segredos de muita gente e a essência de muitas almas.
A garota, com a comoção de um espectador de filme triste, deitou sua cabeça no ombro dele e deixou escorrer lágrimas e suspiros, banhando a alma e limpando-a de sentimentos ruins.
Seus professores lhe ensinaram também que aquele planeta seria destruído, caso seus habitantes não mudassem radicalmente suas formas de agir. A voz do coração, novamente, insistia no oposto: não há morte e nem esquecimento para quem viveu intensamente.
E de lá, do cume da Lua, onde o infinito é caminhar, colher estrelas e semear sonhos, o casal percebeu que seus professores não estavam errados, só não queriam fazer poesia: em outros lugares, amam e vivem e sonham e sentem da mesma forma que eles.
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