22.1.08

nos bastidores da grande tenda.

É difícil lembrar uma história inteira, com seus mínimos detalhes, aos noventa anos. Ou noventa e três anos. Ainda mais quando se mora num asilo cercado por velha amáveis e senhores mentirosos. É assim que começa "Água para elefantes", de Sara Gruen, que narra a história de Jacob Jankowski, o tal senhor de noventa ou noventa e três anos, que em momento algum de sua vida citou o tempo que passou trabalhando no circo - ele esperava nunca tocar no assunto até um dia, quando uma tenda estranha é erguida perto da casa para idosos na qual morava e, bastaram alguns minutos, para descobrirem do que se tratava: um circo, que trouxe, com sua presença, lembranças antigas a Jacob.
Tudo começou aos seus 23 anos, quando ficou orfão e sem dinheiro algum. Ainda cursava a faculdade de veterinária, mas decidiu largar os estudos no dia da última prova do ano. Perdido numa América de 1922, que presenciava a quebra da bolsa de valores, decidiu, aleatóriamente, se juntar ao "Esquadrão Voador do Circo Irmãos Benzini - O maior espetáculo da Terra", um circo que se deslocava em um trem.
Pelo sua faculdade quase completa, foi admitido como veterinário do circo e, a partir de então, passou a conviver com August, o chefe do setor dos animais, que era bipolar; o Tio Al, o dono do circo e golpist; a encantadora Marlene - primeira paixão de Jacob, mas havia um porém: ela era casada com August; e Rosie - a elefanta que todos acharam que era estúpida, mas, no fundo, era muito inteligente.
Uma história original que traz reviravoltas até o fim. Depois desse livro, é impossível não lembrar dos personagens ao se escutar falar de qualquer circo.

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