8.3.09

meu rastro.

ando por aí errando,
tropeço nas linhas, nos limiares,
tombando para lados diferentes
a cada decisão imatura.

ando por aí acertando,
construo meu erros, sensações,
fugindo do bom vendedor,
que vem me cobrar a dívida.

ando por aí vivendo,
crio uma arquitetura, um fogo,
guardando tesouros debaixo
dos alicerces reais da construção.

ando por aí.
e nessa rua imensa do universo
há sempre uma bifurcação,
uma rotatória, um parachoque
perdido no chão, no grito.

ando por aí.
e meus pés não tocam, por
duas vezes, os mesmos espaços
de terreno, de vida alheia.

pois sigo sem deixar pistas e
corro com a areia até os tornozelos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Stéfano
quem chega trás um pouco de si e leva um pouco de vc...bjs Van