amor-bandido, ferido,
amarrotado, ofendido.
amor que cresce sem
medo e deixa como
está, não muda,
não amadurece,
não acrescenta à alma.
(mas quem ama
não percebe a alma,
prefere as disputas de
olhos fechados e espera
o tiro acertar o alvo).
que alvo?
se o coração já
é latente,
que alvo?
brincamos de
atirar dardos
em sentimentos.
ainda não sei
se dói, você
não meu ensinou
a abrir as ataduras.
nem a desfazer nós
e desembrulhar
bombons - não sei
nenhuma dessas artes
seculares de amantes
por perfeição.
talvez,
porque eu ame.
mas não saiba
amar
esse amor-bandido
de faroeste e poeira
e cowboys que seguem
rastros cegos e donzelas
nos espartilhos, frágeis.
eu sei amor ensinado
na escola - de respeitar
o outro e segurar a porta,
só não me peça para
amar assim: fora da lei.
Nenhum comentário:
Postar um comentário