outro dia.
uma mesa de metal,
seis pares de conversa.
três risos de gente.
perguntei, então,
se a vida era dura.
disseram que sim.
eu disse que não.
disseram:
é jovem, imprudente,
cego e desmantelado.
eu disse:
sou bravo, guerreiro,
ando sempre armado.
brindamos.
segui viagem:
mochila nas costas,
pés trilhando o mato
(quase) virgem dos
lençóis - amarrotado.
e trôpego, um dia,
derramei o corpo
pra dentro do
gargalo.
eu, meio cheio.
o mundo
sempre meio vazio.
disseram:
toma cuidado,
senão acaba sem estado.
eu disse:
se estou sozinho,
fico quieto para
escutar o vento.
o chão não é meu limite,
mas é meu aliado.
3 comentários:
apreciável tua arte....atinge a alma....perfeito...bjs Van
você é perfeito ! *-*
ao anônimo: oi? :)
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