18.7.08

silêncio em branco.

o silêncio não se compra
com moedas de ouro.

não se faz com
lápis de cor e papel em branco:
não há arte, canção ou corpo
para expressá-lo.

não se encontra
no meio das folhas velhas de
uma manhã nublada
cheia de poesia.

o silêncio, esse que acende
um brilho estranho nos olhos,
está vivo e morto aqui. agora.
ao meu lado. ao seu lado.

mas só poderemos sentí-lo
depois de uma noite inteira
fingindo ignorá-lo.

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