azul.
não o mar.
nem o céu.
mas sim aquele quadro
exposto na minha casa,
perto do sofá de três lugares.
meu quadro, quero dizer.
monocromático e belo
para meus olhos pretos
de mulato estrangeiro.
a essência de uma única cor
junto a falta de criatividade
de um pintor inesperiente,
criou uma obra-prima:
mais minha e menos sua.
e dentro dessa moldura tosca,
comprada em loja de velharias
e pintada pela décima nona vez,
cabe, sem cortar as beiradas ou
retalhar a sua forma abstrata,
todo o meu deleite secreto.
azul. sublime. esquecido. meu.
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