me faltam unhas e
sobram dedos:
todos eles ainda inteiros.
unhas pela metade,
cortadas à deriva de
meus dentes cerrados.
uma marca impressa
e rasgada na carne de
que ainda faz falta.
qualquer coisa faz falta
e me deixa ancioso com
a sua possivel volta
num dia de verão.
rôo mais uma.
e outra. e outra.
tudo que mais quero
é trocar o sem-sabor
das unhas velhas e
conhecidas pelo regresso.
não importa de quem,
do que ou por que.
desde que regresse e
me encha a boca de
sentimentos,
eu aceito.
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