faço das suas palavras as minhas.
encho as mãos de um punhado delas
e devoro-as lentamente, saboreando
o quente, frio, salgado, doce sabor
dos seus paradoxos incolores.
cor não é tão importante como
sabor e conteúdo, os quais aguçam
o meu faro animal não-extinto.
e quando sobra somente suco
dentro da minha boca, imundo
a minha caneta de frases feitas
e as solidifico no papel calado:
a sua literatura tímida e esquecida,
toma poder e graça quando posta
junto ao meu nome, escrito às pressas.
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