16.4.08

o homem de terno - parte três.

[leia a parte um e a parte dois]

Acordei e meu olhos,
mal acustumados ao escuro,
criavam sombras e fantasmas
nas paredes do quarto.

Acendi a luz:
não havia ninguém
além de mim.
não havia nada
além das minhas coisas.

Com medo e ansiedade,
fui verificar toda a casa.
Pé após pé pisei no chão gelado:
nada, nada e nada.

Outro grito.

Era distante, mas nem tanto:
vinha do outro lado do quarteirão.
Abri a porta e corri pela calçada:
Nada, nada e nada.

Outro grito.

Apressei o passo.

Outro grito.

grito.


grito.


É bom lembrar neste momento:
Estava sozinho.

Virei a esquina.

MEU GRITO.

[leia a parte quatro]

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