3.12.07

sobre um pirata.

- Victor era o pirata mais malvado dos quatro cantos do mundo, não tinha nenhuma nação que não temesse seus ataques relâmpagos. Quando visitou a escócia, não sobrou um saiote xadrez para contar a história: ele saqueou tudo que pudia e mais, fez uma lei para que os homens usassem calças naquela região (eles até o agradeceram).
Posso dizer até, que as jóias da rainha nunca mais foram as mesmas depois do seu saque à Inglaterra: ele teve piedade e deixou por lá uma ou duas coroas velhas. Ainda suspeitam que os imigrantes ingleses que colonizaram a Améria anglo-saxônica, saíram de sua terra natal por medo do temível pirata Vic-olho-de-vidro (era assim que gostava de ser chamado).
Quando desembarcou na Holanda, as tulipas tremeram de medo e logo murcharam (naquela primavera o lucro pela exportação de flores holandesas foi zero). Para todos os holandeses escutarem onde ele estava passando, começou a usar um belo par de tamancos de madeira (só pelo som os nativos fugiam de medo), depois que foi embora sem matar ninguém, os sapatos tornaram-se típicos do país.

Na Suíça, a coisa foi feia, muitas suíços tiveram que se abrigar no alto dos alpes para fugir dos tiros de canhão e das barbaridades feitas por lá: para começar, Vic-pé-de-ferro (outro apelido do pirata) tirou o máximo de leite que conseguiu de todas as vacas do país. Em seguida, comeu todas as barras de chocolate que encontrou. Querendo riquezas, entrou de casa em casa procurando ouro, mas as poucas jóias que encontrou eram banhadas ou falsas. Não preciso dizer que ele ficou furioso, porém o país pagou caro pela má recepção: todas as casas da capital foram incendiadas (ninguém morreu, ele deixou as pessoas fugirem. Sabe como é, ele era malvado e bonzinho - ao mesmo tempo).
Depois de muitos saques e anos de vida, Victor veio construir uma vida de pirata aposentado no Brasil e foi aqui que ele se casou (aos 70 anos de idade) com uma linda mulher (de 65 anos), era o amor que ele nunca encontrou em seus roubos e dinheiro.
Finalmente, ele era feliz.
Fim.
- Parabéns, filho! Você fez toda essa história sozinho?

Victor não precisava sair do seu quarto para viver a alucinante vida de pirata que ele sempre sonhou: ele tinha imaginação, papel e caneta. Bastava para criar a história perfeita.

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