5.12.07

sobre vacas, cabras e cavalos.

São poucas as coisas que eu odeio, mas dentre elas está uma que me irrita só de pensar - fazenda. Não gosto da sensação da falta do caos urbano, do som dos carros, do tumulto e de estar sempre atrasado, pois essas são coisas que convivem comigo todos os dias e largá-las seria negar uma parte minha: a parte urbana.
Quero deixar claro que estou falando aqui das fazendas típicas, aquelas nas quais você tem que ordenhar as vacas, fazer queijo, matar galinha, pegar ovos, cuidar de cavalos, arar a terra, colher da horta, plantar de novo e tudo isso debaixo de um solzão quente e sem essas parafernalhas tecnológicas que existem hoje.
Fora isso tem o pequeno problema: o cheiro de terra molhada. Não tenho nada contra, mas toda vez que ele aparece, me dá falta de ar - como se minha garganta estivesse fechando, a minha cabeça começa a doer e eu me sinto enjoado. Por isso, seria uma desgraça para mim toda vez que chovesse por lá.
Sem contar os irritantes barulhos de animais: vacas mugindo o dia toco, galos berrando as 5 horas da manhã, sapos e grilos fazendo suas sinfonias a noite toda, cavalos relinchando e cigarras fazendo aquele som dos infernos. O pior é quando junta tudo! Haja paciência e, convenhamos, paciência não é uma das minhas maiores virtudes.
Por tudo isso, prefiro continuar no meu confortável mundo urbano sem vacas, cabras, cavalos e o escambal.

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