Abriu primeiro o olho esquerdo, depois o direito. Olhou de um lado para o outro: seu pai ainda dormia. Escutou um barulho de xícara na cozinha e rapidamente saltou da cama de casal. O coração batia forte, foi até seu quarto e buscou, de uma gaveta, um cartão - as letras infantis mostravam que ele o havia feito. O pequeno coração batia acelerado ritmado pelo medo e pela ansiedade.
Revisou o discurso em pensamento, abriu um largo sorriso e desceu correndo a escada. Parou no último degrau. Avistou-a dentro da cozinha. Chegara a hora.
- Mãe! - gritou entre uma passada e outra - Mãe! Mãe!
- Filho, você acordou tão cedo!
Sentou-se no colo da mãe e forçou olhos de gente grande.
- Sabe, é que você merece! Você merece bem mais do que isso! Você merece todo o universo de presente! Feliz Dia das Mães!
- Brigada filho!
- Eu fiz pra você! - Eduardo disse ao entregar o cartão.
- Que lindo. Não precisava!
No fundo não precisava mesmo. Claro que presentes agradam e demonstram carinho, mas de nada adiantam se não vierem acompanhados de amor. Talvez só o amor baste - mães querem sentir que seu amor é recíproco.
- Eu te amo, filho.
- Eu te amo, mãe, assim, do tamanho do universo.
Mãe,
Não importa o que aconteça, quero que saiba: amo você, assim, do tamanho do universo e nada pode mudar isso. Feliz Dia das Mães.
Com amor,
Stefano.
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