1.5.08

plano perfeito - parte cinco.

[ler parte um, parte dois, parte três, parte quatro]

Taquaral, 12 a 16/02/08
Terça a Sábado, sem horário definido

Mariana sentia-se estranha: nada de enjôo, febre ou dor de cabeça (não estava doente). Primeiro achou que era algo que havia comido, mas parecia alegre demais. Aos poucos, se deixou perceber que seu problema era outro e tinha nome: paixão. Na verdade, não sabia se era amor, mas de alguma maneira aquele primeiro recado no Orkut e todos os milhares que se sucederam, deixavam-na boba, sem jeito e com cara de adolescente.
Apesar de saber que alguns dias são muito pouco tempo para se apaixonar, sentiu-se uma exceção a regra: talvez amasse aquele cara com quem jamais falara por telefone ou tivesse visto pessoalmente (a única forma de contato que tinham era por MSN/webcam e, via imagem virtual, pareciam um casal perfeito).
Chegou sábado e ela sentia-se tão íntima dele que resolveu passar seu telefone. Demorou alguns minutos para ele ligar, mas foi necessário muito mais tempo para desligarem - se pudessem ficariam conversando a vida toda. Tímido, ele propôs um encontro e, apesar de querer aceitar, Mariana preferiu desconversar - ainda não estava pronta. Sem jeito, ela preferiu desligar, porém se culpou o resto da noite por não ter aceitado o convite.

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Cambuí, 15/02/08
Sexta, 16:00

Eduardo pensava em desistir: seu plano iria dar certo, mas ele não sairia ileso.

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Brasília, 18/02/08
Segunda, 11:00

Ricardo ligou para o detetive da família. Havia gosto de vingança em sua boca.

[ler parte seis]

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