30.5.08

xícaras de café.

- Não quero agradar nem gregos, nem troianos. - dizia-me com a voz carregada de bravura.
- Queres o que, então, meu caro? - perguntei entre uma linha e outra de meu livro.
- Não quero nada, pouco me importo com a opinião alheia. Prefiro vestir a roupa que me cabe a usar o terno da moda; gosto do meu cabelo desarrumado e não penteado com gel, igual aos personagens da novela. Procuro um agora do meu jeito, pintado da minha cor preferida, cheirando meu perfume preferido. Minto quando digo que não quero nada, pois quero apenas uma coisa e, quiçá, a mais difícil de todas elas: quero, mais que qualquer outra coisa, me agradar.
Busquei resposta no fundo da xícara de café, mas só encontrei açúcar.

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