Seu coração não se aguentava dentro do peito, os olhos transmitiam a mais pura paz, os lábios riam sem motivo, os cabelos voavam tão lindamente ao vento, a vida nunca pareceu tão fácil.
Bianca, não era a mais bonita de todas as meninas da escola, mas naquele dia ela estava simplesmente fabulosa: cumprimentava todos que passavam com um cordial "Bom dia" e mais algum elogio:
- Bom dia, Senhora Dogmar! Seu cabelo está lindo!
- Bom dia, Lucas. Nossa, que perfume bom!
- Bom dia, Clarinha. Essa roupa está ótima em você.
E assim foi por toda a manhã daquele quente dia de verão.
O problema foram as aulas que custaram a passar para ela, enquanto sua mente tentava se concentrar nas fórmulas e professores, seu coração insistia em voar longe para outros assuntos que ela mal sabia que gostava.
Por todo o restante do dia foi assim, sua mãe não intendia o que acontecia, talvez não tivesse razão para toda aquela alegria, mas Bianca não se importava com isso.
- Minha filha, o que você tem?
- Eu? Porquê? Não tenho nada!
- Ah, tem sim! Você está toda assim...
- Assim?
- Alegre demais!
- Vai ver minhas glândulas risonhas estão com problemas!
- Glândulas o quê?
A garota caiu na risada.
- Nada, mãe. É só uma besteira que eu inventei durante a aula.
Sua mãe tentou falar mais alguma coisa, mas a menina nem escutou - estava, de novo, perdida em pensamentos.
Mal ela sabia que o seu problema era o amor.
Bianca amava e não sabia.
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