28.10.07

sobre encontros casuais.

Dentre as coisas que ilustram minha lista de mais odiados está os encontros casuais - caramba, como eu não suporto 'dar de cara' com aquele conhecido em lugares inusitados.
Pra começar, você sempre está mal vestido ou com um péssimo humor na ocasião e, por conseqüência, o papo não flui e acabam acontecendo silêncios totalmente constrangedores.

- Stefano?
- Oi, Carolina!
- Que saudade, meu!
- Pois é, faz muito tempo que não te vejo.
- É.
- O que tem feito?
- Ah, estudos e saido as vezes. E você?
- Eu? O mesmo, vida de estudando é corrida, né?
- É.
[...] silêncio.
- É.
- Bom te ver, Stefano.
- É, a gente precisa marcar alguma coisa!
- Pode deixar.
[...] silêncio.
- Pois é.
- Nossa, olha a hora! Preciso ir. Tchau.
- Tá bom. Tchau.
- Ah, marca mesmo, hein?
- Pode deixar.

Não pense que só eu sou assim, conheço uma garota que assume:
"Fujo mesmo, no clube então! Uma vez cheguei a pular na moita pra não encontrar uma professora, mas também, iríamos falar sobre o quê? Notas? Não, muito obrigado, mas não queria falar de escola naquele momento".
Vai ver é por isso que evito essas casualidades, quando vejo um conhecido lá longe, já desvio de caminho. Disseram-me que isto chama "Síndrome de Fugitivo", um nome simpático que eu tenho quase certeza que foi inventado na hora, mas sabe como é, vale tudo quando falta assunto.

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