Dei para arrumar as gavetas da cômoda e do armário do meu quarto e arrancar de lá todas as inutilidades que guardo por tempo ilimitado. É verdade, tenho que confessar, eu tenho uma mania de guardar papéis com lembretes - para mim mesmo, começos ou finais de livros que um dia escreverei, letras de músicas que comecei a compor e, na sua grande maioria, pensamentos alheios que um dia fizeram sentido - ou ainda fazem.
E foi entre uma folha rasgada e um bilhete dobrado que eu li o quê eu mais queria dizer nesta tarde um pouco fria de novembro: "Não tente entender, o mundo dá voltas e você vai sobreviver".
Foi um pouco conflitante saber que as palavras que eu mais queria ouvir naquele momento, foram ditas por mim mesmo há algum tempo. Me senti em um daqueles filmes que o cara volta para o passado e deixa algumas pistas para ele mesmo sobre o futuro. Todavia, foi aliviador ter na língua as palavras que eu não conseguiria pronunciar sozinho.
Minha cabeça já está um pouco menos pesada, mas ainda seguro bem firme o pedaço de folha sulfite que salvou meu dia - não quero perdê-lo em algum canto de gavetas (cheirando lembranças) mais uma vez.
Sinto que o mundo está girando: eu vou sobreviver.
E foi entre uma folha rasgada e um bilhete dobrado que eu li o quê eu mais queria dizer nesta tarde um pouco fria de novembro: "Não tente entender, o mundo dá voltas e você vai sobreviver".
Foi um pouco conflitante saber que as palavras que eu mais queria ouvir naquele momento, foram ditas por mim mesmo há algum tempo. Me senti em um daqueles filmes que o cara volta para o passado e deixa algumas pistas para ele mesmo sobre o futuro. Todavia, foi aliviador ter na língua as palavras que eu não conseguiria pronunciar sozinho.
Minha cabeça já está um pouco menos pesada, mas ainda seguro bem firme o pedaço de folha sulfite que salvou meu dia - não quero perdê-lo em algum canto de gavetas (cheirando lembranças) mais uma vez.
Sinto que o mundo está girando: eu vou sobreviver.
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